quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A primeira vez...



“Victória teve um ‘dia’ de sono maravilhoso, não imaginava ser possível sonhar mais o fato é que passou todo o período relembrando mentalmente a sua noite anterior, ainda deliciava-se com as mordidas recebidas, delirava com a performance imposta por Samael, seu novo amante-criador.
Quando abriu os olhos seu companheiro já estava a sua espera, com um lindo vestido escuro em mãos, ordena para a agora vampira Victória que se arrume, pois é hora de ‘estrear’ no mundo noturno.
Tudo estava diferente na visão de Victória, os aromas e sons da noite estavam totalmente modificados, seus olhos enxergavam como se fosse um lindo dia de sol, com uma clareza que anteriormente a mortal não via, seus ouvidos captavam os mais diversos e impercebíveis ruídos, já suas narin
as só captavam o cheiro acre de sangue, afinal a vampira acordara faminta.
Samael tinha planos ousados para a primeira noite como predadora de sua escolhida, tinha a intenção de transformá-la em sua ‘cadela de caça’, afinal a fina arte da sedução já não mais tinha graça para ele que hipnotizava suas vítimas com um simples olhar, um simples sorriso.
O vestido ficou esplêndido no corpo esguio da mulher, a cor contrastava com a brancura que sua pele havia adquirido após a imortalidade, e o batom vermelho, provocante dava um toque final na bela produção de Samael.
O vampiro opta por um passeio a pé, até o local onde escolheu para sua criação dar seus primeiros passos no mundo dos predadores, e, pelo caminho vão conversando sobre desejos, paixões e esperanças. Victória descreve-se como uma apreciadora dos prazeres da carne, apreciado
ra de belos homens e das coisas boas da vida.
_ És a mulher perfeita para a caçada que designarei para ti vampira, diz Samael, que acolhe Victória em seus braços enquanto caminham alegremente até o palco da caçada.
Finalmente chegaram ao local, um movimentado bar onde adolescentes dançavam sensual e animadamente. A vampira estava ávida por sangue e já observava suas possibilidades em todos que batia os olhos. Samael mais tranqüilo apenas contemplava o olhar da predadora procurando sua vítima com voracidade, traçando para ela o objetivo a ser concluído por esta noite.
_ Estou
insegura quanto a como conseguir envolver minha presa Samael.
_ Não te aflijas vampira, és uma caçadora nata e teus instintos a guiarão para trazer a mim quem eu lhe designar.
_ O quê? Pergunta Victória.
_ Hoje não será você quem escolherá nada aqui mulher, hoje e em toda ocasião que eu quiser você cumprirá o que eu lhe mandar, você trará a mim a presa que eu lhe solicitar.
Num gesto de submissão velada, a vampira apenas abaixa a cabeça e aceita as palavras de seu criador, afinal ela tem a eternidade toda pela frente e em algum momento ela não será apenas um instrumento de caça, ela tem planos maiores.
Uma voz e
coa dentro do pensamento da vampira que assustada olha para Samael, este apenas sorri em resposta ao olhar e reforça sua ordem:
_ Eu quero aquela mulher de cabelos claros que está dançando sensualmente lá no canto a sua esquerda. Não demores pode ser que apenas essa não me satisfaça. Estou faminto após ter criado você com meu sangue.
Victória decididamente encara sua tarefa, e até se surpreende por tamanha naturalidade com que olha para sua vítima, ela não distingue mais sexo, não há mais homens ou mulheres para ela, há apen
as sangue.
Chega para dançar ao lado da mulher de cabelos claros, e, de maneira que soe acidentalmente se encosta levemente nos seios dela. Em uma primeira atitude a mulher repudia o contato com a pele branca e gelada da vampira, mas ao encará-la o olhar sedutor da recém desperta criatura das trevas a contagia, seduz e hipnotiza, assustadoramente Victória conseguiu cumprir sua primeira tarefa com apenas um olhar de desejo, o dom das trevas era potente no sangue da vampira.
Como s
e sua vontade se sobrepusesse sobre a de sua vítima, facilmente ela arrasta seu presente a seu criador, que com um olhar de satisfação lhe beija a testa dizendo diretamente em seu pensamento, perfect!!!
Não há tempo a perder Samael está sedento de sangue, mas um local movimentado daqueles não é o apropriado para se degustar a primeira conquista de uma recém criada, então mentalizando no pensamento de ambas as mulheres, o vampiro apenas ordena que o sigam e
segue em frente rumo ao seu covil.
Entrando em seus aposentos Samael ordena a mulher que se dispa, irá possuí-la na frente de Victória para analisar se os desejos da carne cessaram na vampira, e, de uma
maneira brusca que em nada condizia com o encantador homem que em outra ocasião seduziu Victória, ele acerta um tapa no rosto da mulher. Ela sente o sangue escorrer pelo canto da boca, a vampira acende os olhos ao ver liquido rubro manchar-lhe a face, e parte para cima de sua presa. Samael acerta também um tapa na face da vampira, deixando bem claro que ele manda ali e ela não fará nada que ele não queira.
Ressentida e assustada Victória retorna ao local onde estava, entendeu o recado do vampiro e não deseja confrontá-lo, sua servidão já está intrínsicamente ligada ao momento de sua criação, ela deseja apenas fazer o que seu criador ordenar. Com olhos em brasa, ela assiste ao vampiro transformar outra mulher, na cadela que ela mesmo já foi duas noites atrás.
O vampi
ro, notando que o desejo de mulher ainda é vivo na sua criação, dá o melhor de si enquanto esta apenas assiste, penetra, morde, agarra, estapeia, usa toda sua criatividade sádica para aflorar cada vez mais o desejo carnal de sua companheira. Uma companheira de eternidade com desejos carnais não é coisa simples de se conseguir ele tem conhecimento, então deve explorar toda a libido de Victória para que esse sentimento não fique esquecido quando o prazer de tomar o sangue alheio seja descoberto por ela.
Uma vez saciado Samael dá fim ao seu ato, deixando com que Victória satisfaça seu desejo por sangue. Trêmula, ela olha para o vampiro como se questionasse o que fazer, mas este apenas mentaliza para ela que solte seus instintos, eles se encarregarão de tudo o mais.
Com olhos acesos, Victória enlaça uma de suas mãos pelo cabelo claro da mulher, fazendo-a vergar e expondo seu objeto de desejo, a vampira olha sarcasticamente para Samael fazendo também brotar um sentimento de tesão que até então o vampiro desconhecia, ele sentia prazer em ver sua criação deliciar-se com o medo e fascinação que esta exercia sobre sua vítima. Olhando decididamente para seu criador, Victória crava suas presas no pescoço de sua caça, sugando firmemente até sentir que esta amolecia com a falta de sangue em seu corpo, porém antes de dar fim á vida da mulher e com a boca banhada no sangue desta, ela pede também mentalmente a Samael que lhe beije e prove do sangue que gentilmente este lhe ofertou. O vampiro as
sustado com a facilidade da criação em aprender os dons sobrenaturais, vai ao seu encontro, totalmente diferente de instantes atrás quando a bofeteou este a pega por seu rosto, prendendo o olhar dela junto ao seu e diz:
_ Eu nunca me engano vampira, tu serás a melhor companhia que um vampiro pode ter para sua eternidade. Beija apaixonadamente a boca lambuzada em sangue da mulher e, tomando para si o corpo da então caçada em seus braços, coloca um ponto final na história dessa vítim
a.
Ainda sentem fome, sentem sede os dois vampiros.
Mas também sentem uma atração que no momento é maior do que tudo isso, eles tem uma eternidade para caçarem juntos, melhor aproveitar então essa paixão que está se solidificando entre os dois.
Samael toma Victória em seus braços, e com um olhar sádico, sacana e aventureiro a leva para seus aposentos. Essa eternidade vai ser loooooooooonga....



Este conto foi originalmente postado em outro blog que eu escrevia com duas graaaaaaandes amigas, mas que foi deletado por opção própria...

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